Machinarium é um jogo indie desenvolvido e publicado pela
Amanita Design, uma empresa tcheca composta por 7 pessoas. O jogo está disponível
para várias plataformas desde consoles de mesas a vídeo games portáteis e até
mesmo celulares. Machinarium pertence a uma categoria que fez muito sucesso no
passado e que está retornando aos poucos, os Adventure, também conhecidos como
Point and Click. Esse estilo de jogo voltou a tomar popularidade recentemente
com os jogos da Telltale Games, porém um diferencial que Machinarium possui, é
que ele carrega todo aquele estilo clássico que traz nostalgia e nós remete a
tão popular Lucas Art.
O jogo conta a história de Josef, um robô com a capacidade
de esticar e encolher seu corpo, em uma jornada para salvar sua namorada de uma
gangue de robôs que planejam explodir a cidade que dá nome ao jogo. O roteiro
não é nada original e o jogo pouco se aprofunda nisso, o que é perdoável, já
que enredo está longe de ser o principal atrativo de Machinarium.
Os gráficos de Machinarium são muito bem feito e não a
palavras melhores para descreve-los do que obra-prima. O mesmo vale para a
trilha sonora do game, que está presente a todo momento, porem sempre como som
ambiente, porém a momentos no jogo que está toma posição de destaque e é ai que
você percebe a grandiosidade de tal.
O game foi desenvolvido em Adobe Flash, o que não é algo tão
comum quando se trata de jogos comercias, até mesmo para jogos indies, porem,
apesar de todas possíveis limitações, o jogo funciona muito bem, até mesmo por
sua jogabilidade ser simples e todos os movimentos dos personagens serem
pré-programados. Um dos problemas que encontrei relacionados a programação do
jogo foi os saves. Toda vez que eu fechava o jogo e abria novamente os saves
que eu tinha feito haviam sido perdidos, de certa forma o jogo é relativamente
curto, então zera-lo em uma única jogatina não é impossível, porem alguns
puzzles podem levar algum tempo para serem resolvidos o que acaba alongando um
pouco mais o gameplay então a impossibilidade de salvar pode ser um pouco
frustrante. Fora isso eu apenas contatei um bug durante a minha jogatina, em
alguns momentos do jogo a timeline dele retrocede e te leva de volta a uma
animação que você já viu, à primeira vista isso não parece ser algo muito
problemático, mas o fato de que isso pode acontecer quando você está prestes a
resolver um puzzle mais complicado pode frustrar muito o jogador.
Como dito antes, o jogo não se estende muito, porém a sua
dificuldade pode tornar sua jogatina um pouco maior. Não que o jogo possua uma
dificuldade alta, mais o fato de termos que explorar o cenário com cuidado para
encontrarmos todos os objetos que necessitamos para prosseguir em nossa jornada
pode consumir um pouco de tempo, sem falar ema alguns puzzles mais difíceis que
aparecem no jogo e que necessitam de mais raciocínio para serem resolvidos o
que pode tomar tempo e algumas tentativas frustradas para que você possa
prosseguir.
Mas o jogo te dar uma alternativa para isso. No jogo há um
livro trancado com uma fechadura digital, que para ser aberta é preciso passar
por um minigame de “nave” onde você guia uma chave até uma fechadura atirando e
se esquivando de aranhas. Quando você abre o livro em uma sala, ele te ensina a
passar dela, o problema é que o minigame não é difícil e não possui limite de
uso, ou seja, você pode usar isso para passar todas as fases sem problema. Eu
considero isso um defeito do jogo, já que atualmente os jogos já estão fáceis demais
e o desafio proporcionado por Machinarium devia ser um dos atrativos do jogo.
Machinarium não é apenas um jogo, é uma obra de arte, apesar
de sua simplicidade traz ótimos gráficos e trilha sonora notavelmente boa, além
de desafiar o jogador em vários momentos sua breve campanha consegue te deixar
com um gostinho de quero mais.
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